sábado, 12 de novembro de 2011

Eu poderia muito bem ter criado este blog para reclamar da sociedade, mas faço parte dela.

As pessoas que não usam as redes sociais para paquerar, quase sempre as utilizam para protestos de massa. Recentemente, perdendo meu tempo no facebook, avistei uma imagem que me fez rir. Uma conhecida havia compartilhado uma imagem que dizia que a emissora local era burguesa. (Houve uma greve geral em minha cidade e a maior emissora daqui, mostrava apenas os transtornos causados pela greve e nada sobre o que a causou foi mostrado nos noticiários dessa emissora.) 
O problema disto, é que a pessoa que compartilhou esta imagem faz parte da burguesia e acha ruim quando algo ameaça o seu título burguês. 
E além do mais, quem somos nós para falarmos mal da burguesia? Se desde pequenos, escutamos nossos pais dizerem que precisamos estudar para arranjar um bom emprego e ganhar muito dinheiro? É ridículo criticar uma escola, só porque você não pode pagar a mensalidade para estar lá. Assim como também é ridículo criticar uma classe social porque não se faz parte dela. 
O papel dos noticiários é mostrar o que é notícia. Uma greve gera mais transtornos para a população em geral do que traz benefícios para os grevistas. Ruas são interditadas, transportes públicos são paralisados, engarrafamentos atrasam a cidade. Falo isto, mas não sou contra quem pratica tal ato. Sei da importância desses movimentos e me juntaria à causa se estivesse sendo tão prejudicada quanto eles. 
Eu seria hipócrita em concordar com quem faz críticas às classes altas. Um dia, pretendo fazer parte dela e não vou querer ser criticada.

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